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  • Agência BOA

A hora da transformação: por um mercado de eventos P2P (People to People)



O atual cenário de isolamento social traz consigo alguns paradoxos. Se, por um lado, o momento pede que continuemos evitando, sempre que possível, o “convívio físico” com nossos amigos, parentes e — ainda na maior parte dos casos — com nossos colegas de trabalho; por outro, me parece que jamais estivemos tão conectados, compartilhando nossas vidas digitalmente e ansiando por saber notícias e novidades sobre aqueles que compõem nossos círculos de proximidade.

Todo este contexto me fez reforçar a ideia da importância das pessoas em nossas vidas – do porteiro do nosso prédio aos nossos amigos de infância; do pediatra de nossos filhos ao dono do restaurante da esquina de nosso trabalho, no qual almoçávamos (e no qual almoçaremos quando tudo isso passar). Cada uma dessas pessoas, a seu modo, ajuda a compor o significado macro da nossa realidade.

Somos seres sociais e, como tais, aprendemos, desde cedo, a importância de respeitarmos uns aos outros, as diferenças, os valores de cada um. Tudo isso é extremamente positivo, mas o que me motivou a escrever esse artigo hoje foi uma pergunta que, há muito tempo, me incomoda: porque nem sempre levamos esse valor de respeito ao próximo para o nosso trabalho, em toda a sua amplitude?

Ou, ampliando o escopo dessa pergunta: porque, por mais que nos esforcemos em nossas empresas, ainda vemos exemplos no mercado de desvalorização e desrespeito a profissionais que, no fundo, constroem nossas empresas conosco?

Trazendo esses questionamentos para o mercado de eventos, penso que é hora de aproveitarmos o período atual para desenharmos o futuro de nosso setor.

Não à toa, uma pesquisa recente aponta que uma 3 em cada 7 mulheres têm ou tiveram medo de perder seu emprego em virtude de uma gravidez – porcentagem que pode ser ainda maior em capitais da região Sudeste, como São Paulo, por exemplo.

Como mãe, grávida do segundo filho e proprietária, há quase 10 anos, de uma agência de marketing e eventos, gostaria de compartilhar um pouco de minha experiência nestes dois mundos supostamente inconciliáveis (maternidade e empreendedorismo), com o objetivo de desconstruir alguns paradigmas que, infelizmente, ainda hoje fazem parte do mercado brasileiro e afirmar: sim, é possível empreender, ser mãe e exercer ambas atividades com plenitude!


People to People: uma definição objetiva


Quando fundamos a BOA, há 10 anos, tínhamos em mente construir uma empresa que cria experiências positivas não só para nossos clientes, mas também para todos os nossos colaboradores, fornecedores e parceiros. Aqui, gostamos de reforçar a tese de que, se é tão prazeroso trabalhar com o que se ama, por que não com quem se ama também? E esta filosofia não nasce apenas de idealismo, mas da certeza de que, ao valorizarmos os seres humanos, teremos conosco times motivados, baixo turnover de colaboradores e relações sólidas, transparentes e confiáveis com aqueles que contribuem para o crescimento de nossa agência. Não à toa, uma pesquisa recente do LinkedIn aponta que, para 80% dos líderes empresariais, a proposta de valor oferecida para os colaboradores (employer branding) influencia diretamente na contração de talentos para uma empresa. Desta mentalidade, nasce o conceito People To People. Já explorado em alguns mercados, essa ideia se relaciona com o fato de que o mesmo respeito que oferecemos para os nossos clientes é aquele que deve ser compartilhado no ambiente do trabalho. Neste sentido, em um evento, por exemplo, nossos colaboradores devem contar com horas (e locais apropriados) para descansar; ter a mesma refeição oferecida para os clientes; e, acima de tudo, ser tratado sempre de modo digno e que demonstre o valor que ele de fato tem para nossa agência.


Palestras, cursos e produção de conteúdo


Outra alternativa para os profissionais da área de eventos envolve a oferta de cursos, palestras e conteúdo relevante a distância, seja para fortalecer o branding de sua empresa neste período de isolamento, seja para atingir novos leads ou gerar receita a partir de seu conhecimento e expertise.


Consultoria


Muitos profissionais também têm buscado a rota da consultoria, dando suporte para eventos digitais produzidos internamente pelas organizações ou no sentido de desenhar estratégias de posicionamento e marketing, tanto para o contexto atual, quanto para um cenário pós-COVID-19. Contar com apoio de profissionais especializados, vale reforçar, pode ser um trunfo para as empresas que querem entender quais são as perspectivas e possíveis transformações do mercado de eventos, para que, juntos, consigamos construir alternativas em torno da oferta de experiências significativas para o público-alvo de uma organização.


O dom da adaptabilidade


Dentro de todo esse contexto, mais do que nunca, é fundamental que as agências de eventos exercitem toda sua capacidade de adaptação e resiliência, se tornando hábeis a adaptar processos e planos, de acordo com as necessidades das empresas e das restrições que o momento exige. Neste sentido, vale também buscar negociar com contratantes prazos, pagamentos e possíveis alternativas para realização de eventos – seja em um modelo digital ou em pacotes de eventos que seriam realizados futuramente.

Sempre que possível, procure contar com o suporte dos seus colaboradores, pois seu time é a base do seu negócio e, em um momento de retomada, certamente, eles serão indispensáveis para, junto com você, construir o novo mercado de eventos com todas as suas transformações que devem se consolidar nos próximos meses. A única certeza é a de que, como camaleões, devemos estar prontos para nos adaptar e vencer qualquer obstáculo!

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